DIA DE PENTECOSTE
Para nós cristãos, a comemoração do Pentecostes é marcada pela narrativa no livro dos Atos dos Apóstolos capítulo 2,
momento em que os apóstolos de Cristo recebem o Espírito Santo.
“Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído, como se
soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas
de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a
falar em línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem”. (Atos dos Apóstolos 2.1-4)
Assim, Pentecostes também é uma celebração religiosa cristã que comemora a descida do Espírito Santo sobre os
apóstolos de Jesus Cristo, cinquenta dias após a Páscoa. É uma das datas mais importantes do Calendário Litúrgico
Cristão.
Diferente do Pentecostes cristão, o Pentecostes judeu durava sete dias e iniciava a partir do Pesah (Celebração da
Páscoa). Pentencostes, então, é tempo de celebrarmos a presença do Deus Espírito Santo em nosso meio, relembrando o
ato salvífico de Jesus Cristo e Sua vida em nós.
O Pentecostes no Antigo Testamento
Existem várias referências, diretas e indiretas, ao festival de Pentecostes no Antigo Testamento (Êxodo 23:16; Levítico 23:15-22;
Números 28:26-31 e Deuteronômio 16:9-16). Essa festa aparece no Antigo Testamento com outros nomes, como:
Festa das Semanas, referindo-se à sete semanas após a oferta das primícias (Êxodo 34:22; Deuteronômio 16:10,16; 2 Crônicas 8:13).
Festa da Colheita, referindo-se à colheita dos grãos (Êxodo 23:16).
O Dia das Primícias, referindo-se às primícias de uma colheita (Números 28:26).
A Bíblia não afirma claramente o significado histórico específico do Pentecostes, mas as designações “Festa da
Colheita” e “Dia das Primícias” são muito significativa para entendermos essa festividade, onde os judeus
apresentavam os primeiros frutos da colheita de trigo (Números 28:26).
Essa festa era entendida como uma santa convocação, de modo que no dia de Pentecostes nenhum trabalho servil
poderia ser executado (Levítico 23:21). Nesse dia, dois pães assados deveriam ser trazidos dos lares dos judeus,
juntamente com as ofertas de sacrifício animal para a expiação dos pecados e oferta pacífica.
Esse era um dia de grande alegria, onde os judeus expressavam a gratidão ao Senhor pela providência da colheita,
bem como também indicava um lembrete do livramento da escravidão no Egito (cf. Deuteronômio 16:12-16; Jeremias 5:24).
Mais tarde, o Pentecostes passou a ser considerado pelos judeus como o aniversário da transmissão da Lei à Moisés
no Sinai. Eles calcularam, com base em Êxodo 19:1, que esse evento ocorreu no quinquagésimo dia depois do êxodo,
e por isso tal entendimento se tornou uma tradição.
O Pentecostes no Novo Testamento
O Pentecostes é mencionado no Novo Testamento em três passagens diferentes. A primeira, e mais significativa,
faz referência ao dia em que o Espírito Santo foi derramado sobre os cristãos em Jerusalém (Atos 2).
A segunda referência trata de quando o apóstolo Paulo estava decidido a não se demorar na Ásia a fim de poder
estar em Jerusalém até o dia do Pentecostes (Atos 20:16). A terceira referência mostra Paulo disposto a permanecer
em Éfeso até o Pentecostes, devido a uma “porta grande e eficaz” que lhe tinha sido aberta (1 Coríntios 16:9).